sexta-feira, 15 de agosto de 2014

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Projeto, Não Somos Parentes

O PROJETO

“Este projeto não é sobre pessoas que se parecem com famosos. O projeto é sobre pessoas comuns que se parecem com outras. O fato de duas pessoas totalmente desconhecidas serem semelhantes, às vezes nascendo em países diferentes, compartilhando os mesmo traços, a mesma aparência, é a essência deste trabalho.”

Se você ou alguém que você conhece tem um sósia ou só quer participar do projeto, envie um e-mail para François [info@francoisbrunelle.com], não sabemos se ele vai conseguir responder a todos, mas talvez você seja o próximo sósia fotografado por ele. Assim como os sósias abaixo, que já fazem parte do ensaio fotográfico I’m not a look-alike! .


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fonte: http://nequidnimis.wordpress.com/

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

As Frenéticas


Formado em 1976 no Rio de Janeiro pelo letrista e produtor Nélson Motta, o grupo vocal As Frenéticas teve em sua primeira formação a participação de
Lidoka Martuscel, Sandra Pêra, Leiloca Neves, Regina Chaves, Dudu Moraes e Edyr de Castro. Idealizado por Nélson Motta, dono da boate carioca Frenetic Dancin' Days, eram um misto degarçonetes e cantoras, que em determinado momento paravam de servir os clientes da casa noturna e subiam ao palco para fazer shows musicais. Essas apresentações tiveram grande êxito e eram a maior atração da boate, que foi o maior sucessos da noite cariocas em meados da década de 70.


 Em 1977 lançaram o primeiro disco, "Frenéticas", pela WEA, seguindo a linha disco music, que era o que cantavam na boate. O LP "Frenéticas" foi um estouro instantâneo, vendendo 150 mil cópias rapidamente, ganhando o disco de ouro, puxado por um grande sucesso composto especialmente para o grupo,a canção "Perigosa" (Nélson Motta - Rita Lee - Roberto de Carvalho), além dos destaques para as músicas "Fonte de juventude" (Rita Lee) e "A felicidade bate à sua porta" (Gonzaguinha). Em 1978 a música "Dancin' days", (Ruban Barra- Nélson Motta), foi transformada em tema da telenovela homônima, escrita por Gilberto Braga, superando o sucesso da música anterior e transformando As Frenéticas na sensação do momento, e a canção num dos maiores clássicos do Pop brasileiro. No final da década de 1970, gravaram o tema da novela "Feijão Maravilha", da Rede Globo: "O preto que satisfaz" (Gonzaguinha), reiterando o sucesso do grupo. Essas duas músicas foram incluídas no LP "Caia na Gandaia" (1978), mais o debochado jazz "Crisi Darling" (Wagner Ribeiro de Souza). No ano de 1979, gravaram o LP "Soltas na vida", disco no qual incluíram o sucesso "Ai! Se eles te pegam", de Chico Buarque, composição da trilha sonora da peça "Ópera do malandro". É desse mesmo LP a marchinha "É que nessa encarnação eu nasci manga" (Luli e Lucinha).



 Em 1980, já com o sucesso diminuindo, gravaram um LP somente com composições de Lamartine Babo, intitulado "Babando Lamartine". Neste disco mesclavam o ritmo das marchinhas de Lamartine com elementos pop. Em 1983 lançaram o LP "Diabo a quatro", já sem contar com as presenças de Regina e Sandra. Constaram desse disco o sucesso "Você escolheu o super-herói errado". Neste mesmo ano, o grupo se desfez, indo cada uma das cantoras realizar atividades diversas.


 Em 1992, o grupo se reuniu novamente para gravar o tema de abertura da novela da Globo "As Perigosas Peruas", que logo se tornou um sucesso do grupo. Essa música foi incluída no disco "As mais gostosas das Frenéticas", com regravações de grandes sucessos do grupo e duas faixas inéditas, "Le fudez vous" (Dito) "Oh! Boy", (Gonzaguinha). Em 1998, a WEA lançou a coletânea "Sempre Frenéticas", com os sucessos gravados na década de 70, e o grupo voltou a se reunir com a formação original, apresentando-se em show dirigido por Miguel Falabella. Com um repertório de composições novas como "Rap do real" (Pedro Luis), "Tente outra vez" (Raul Seixas e Paulo Coelho) e "Dançar pra não dançar", (Rita Lee), o grupo foi relançado em shows. Em 2001, lançaram pela gravadora Jam Music, o CD "Para salvar a terra", sem muita repercussão e com formação diferente da original.



fonte: http://www.cantorasdobrasil.com.br/

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Crônica - Um dia de merda


  




























Aeroporto Santos Dumont. 15:30. Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse. Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas.
Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão.
“Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo.” O avião só sairia as 16:30.
Entrando no ônibus, sem sanitários. Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei:
“Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro”.
Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda. O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante:
“Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido à obras na pista”. Aí o urubu ficou maluco querendo sair a todo custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento.
Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: com perfume e textura e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado.
Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e convidá-los a apreciar na privada. Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal. Mas sem dúvida, a situação estava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério:
“Cara, caguei”. Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle. “Que se dane, me limpo no aeroporto” – pensei. “Pior que isso não fico”. Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez, como uma pasta moma.
Foi merda para tudo quanto é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés. E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo à liberdade. E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas, o que era um peidinho pra quem já estava todo cagado. Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez.
Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivadas viradas para cima e quando foi tirá-lo, levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada.
Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupa.
Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco. Olhei para cima e blasfemei:
“Agora chega, né?”. Entrei no último, sem papel mesmo e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.
Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito um “check-in” e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. Ele tinha despachado a mala com minhas roupas. Na mala de mão só tinha um pulôver de gola “V”. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus.
Desesperado, comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. Minha cueca joguei no lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis e, assim como as meias, mudaram de cor tingidas pela merda. Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10.
Teria que improvisar. A invenção é a mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica maquina de lavar. Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água.
Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar. Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola “V”, sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando
“O RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO” e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria. A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo.
Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: -
“Nada, obrigado. Eu só queria esquecer este dia de merda”!!!