quarta-feira, 11 de julho de 2012

O mundo pode acabar se as abelhas morrerem


Maçã, soja, café, feijão, tomate, cenoura, cebola, laranja e morango. A humanidade seria capaz de sobreviver sem estes alimentos? Podemos estar a ponto de descobrir. O que esses produtos têm em comum, além de sua óbvia importância econômica, é que todos dependem de abelhas para levar seu pólen de uma flor à outra e, assim, produzir frutos. Pesquisas feitas nos EUA mostram que pelo menos um terço da comida ali consumida depende desses insetos para existir. E é de lá que vêm as notícias mais preocupantes: nos últimos 25 anos a população de abelhas americanas caiu 50%.

Inúmeros fatores são acusados por essa redução, mas o principal é o uso excessivo de pesticidas. Uma pesquisa lançada em março mostrou que a substância diminui o número de rainhas nas colmeias e atrapalha o senso de localização dos insetos, dizimando sua população. “Outro fator é a baixa variabilidade genética das abelhas criadas em cativeiro. Elas ficam mais frágeis a qualquer ameaça”, disse Arício Xavier Linhares, professor de entomologia na Unicamp.


No Brasil o caso não é tão grave, pois nossas abelhas são mais variadas geneticamente, e ainda temos exemplares não domesticados. Mesmo assim, cientistas já começam a perceber um declínio nessa população selvagem. Se os pesquisadores não encontrarem nenhum modo de deter essa tendência, eles só poderão contar com o trabalho de outros polinizadores, como mariposas e morcegos. Isto é, se também não acabarmos com eles.

DESVANTAGEM:
Já está ocorrendo. Nos EUA, sua população caiu pela metade.
VANTAGEM:
Pode ser revertido com o uso inteligente de pesticidas e a restauração de florestas.

tags: abelhas, natureza, mundo, fim do mundo, mel, pólen, flor, inseto
fonte http://revistagalileu.globo.com

Nenhum comentário: