sábado, 2 de junho de 2012

A HISTÓRIA DO ÁLCOOL.




Você sabia que…
- A bebida alcoólica surgiu sem querer durante o período Neolítico na pré-história.
- Alexandre, o Grande, encheu tanto a cara que veio a morrer dias depois de doença relacionada ao abuso de álcool.
- A regulamentação do comércio de vinho passou a existir de forma mais consistente a partir da Idade Média.
- As mulheres russas proletárias no inicio do século XX colocavam bebida destilada nas chupetas de seus filhos. (WTF?!?!?!)
- Na Inglaterra do século XVIII o gim era conhecido como a bebida de preferência das mulheres.
- Apesar do abuso de álcool ter sido sempre criticado durante a história humana, o conceito de dependência alcoólica só foi surgir no final do século XVIII e início do século XIX. (E isso existe?)

Quando e como tudo começou…

Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente durante o período Neolítico, quando houve a aparição da agricultura e a invenção da cerâmica.
A partir de um processo de fermentação natural ocorrido há aproximadamente 10.000 anos o ser humano passou a consumir e a atribuir diferentes significados ao uso do álcool.
Os celtas, gregos, romanos, egípcios e babilônios registraram de alguma forma o consumo e a produção de bebidas alcoólicas.
OU SEJA, A BEBIDA ALCOÓLICA ESTÁ RELACIONADA DIRETAMENTE AO SURGIMENTO DA SOCIEDADE. HÁ HIPOTESES DE QUE A SOCIEDADE COMEÇOU POR CAUSA DO SEU SURGIMENTO. O HOMEM ERA APENAS MAIS UM ANIMAL, COM UMA COMUNICAÇÃO MAIS EVOLUÍDA, DENTRE OS OUTROS ANIMAIS, MAS SEM A RELAÇÃO DE “AMIZADE” NEM DE GRUPO. DIZ-SE QUE, POR CAUSA DO SURGIMENTO DA BEBIDA ALCOÓLICA, OS HOMENS COMEÇARAM A REUNIR-SE EM GRUPO PARA APRECIAR A BEBIDA E FICAR DOIDÕES.





Noé Bebaço

Em uma das passagens do Antigo Testamento da Bíblia
(Gênesis 9.21) Noé, depois da chuvarada que alagou todo o mundo, o vulgo dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Bebeu tanto que ficou fora da caxola. Diz a bíblia que Noé gritou, se pelou e desmaiou. Logo depois seu filho Cam o achou peladão. Foi a primeiro relato que se tem conhecimento de um caso de embriaguez. Michelangelo, famoso pintor renascentista (1475-1564), se inspirou nesse episódio pintar um belíssimo afresco, com esse nome, no teto da Capela Sistina, no Vaticano.
Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus primórdios.




O álcool através da história ———->


Grécia e Roma

O solo e o clima na Grécia e em Roma eram especialmente ricos para o cultivo da uva e produção do vinho.
Os gregos e romanos também conheceram a fermentação do mel e da cevada, mas o vinho era a bebida mais utilizada nos dois impérios tendo importância social, religiosa e medicamentosa.
No período da Grécia Antiga o dramaturgo grego Eurípedes
(484 a.C.-406 a.C.) menciona nas Bacantes duas divindades de primeira grandeza para os humanos: Deméter, a deusa da agricultura que fornece os alimentos sólidos para nutrir os humanos, e Dionísio, o Deus do vinho e da festa (Baco para os Romanos). Apesar do vinho participar ativamente das celebrações sociais e religiosas greco-romanas, o abuso de álcool e a embriagues alcoólica já eram severamente censurados pelos dois povos.





Egito Antigo

Os egípcios deixaram documentado nos papiros as etapas de fabricação, produção e comercialização da cerveja e do vinho. Eles também acreditavam que as bebidas fermentadas eliminavam os germes e parasitas e deveriam ser usadas como medicamentos, especialmente na luta contra os parasitas provenientes das águas do Nilo.
(Muita gente, ainda hoje, usa como medicamento psicológico para pós-trauma CORNOlógico).


Idade Média

A comercialização do vinho e da cerveja cresce durante este período, assim como sua regulamentação. A intoxicação alcoólica
(bebedeira) deixa de ser apenas condenada pela igreja e passa a ser considerada um pecado por esta instituição. (Aham, senta lá. Vinho pro Padre pode néam?!)


Idade Moderna

Durante e Renascença passa a haver a fiscalização dos cabarés e tabernas, sendo estipulados horários de funcionamento destes locais. Os cabarés e tabernas eram considerados locais onde as pessoas podiam se manifestar livremente e o uso de álcool participa dos debates políticos que mais tarde vão desencadear na Revolução Francesa. (Se os políticos continuassem bebendo, preocupariam-se menos em encher as cuecas e malas de dinheiro não?!)





Idade Contemporânea

O fim do século XVIII e o início da Revolução Industrial são acompanhados de mudanças demográficas e de comportamentos sociais na Europa. É durante este período que o uso excessivo de bebida passa a ser visto por alguns como uma doença ou desordem.
Ainda no início e na metade do século XIX alguns estudiosos passam a tecer considerações sobre as diferenças entre as bebidas destiladas e as bebidas fermentadas, em especial o vinho. Neste sentido, Pasteur em 1865, não encontrando germes maléficos no vinho declara que esta é a mais higiênica das bebidas.
Durante o século XX, países como a França passam a estabelecer a maioridade de 18 anos para o consumo de álcool e em janeiro de 1920 o estado Americano decreta a Lei Seca que teve duração de quase 12 anos. A Lei Seca proibiu a fabricação, venda, troca, transporte, importação, exportação, distribuição, posse e consumo de bebida alcoólica e foi considerada por muitos um desastre para a saúde pública e economia americana. (Viu como essa bobagem não é de hoje?!)
Foi no ano de 1952 com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) que o alcoolismo passou a ser tratado como doença.
No ano de 1967,
o conceito de doença do alcoolismo foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à Classificação Internacional das Doenças (CID-8), a partir da 8ª Conferência Mundial de Saúde12,13. No CID-8, os problemas relacionados ao uso de álcool foram inseridos dentro de uma categoria mais ampla de transtornos de personalidade e de neuroses. Esses problemas foram divididos em três categorias: dependência, “trago” excessivo (abuso) e “trago” excessivo habitual. A dependência de álcool foi caracteriza pelo uso compulsivo de bebidas alcoólicas e pela manifestação de sintomas de abstinência após a cessação do uso de álcool.


fonte: duasounove.com.br

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